Na Praça da Matriz, milhares de educadores reafirmam sua resistência


Após a realização da Assembleia Geral no Largo Glênio Peres, os educadores seguiram em caminhada até a Praça da Matriz. O local abrigaria a Assembleia do CPERS, porém o governador Sartori, alinhado com a prefeitura, proibiu a realização da iniciativa. Um grande Ato Público, com milhares de educadores, foi realizado para marcar a resistência da categoria contra os ataques do governo. Às portas do Piratini, professores e funcionários de escola manifestaram seu repúdio pedindo a saída do governador.
“Estamos aqui para mostrar que este governo não nos calará e não impedirá nossas manifestações aqui na Praça. Não daremos sossego! Nossa revolta e indignação serão transformadas em luta. Sartori vai ter que nos respeitar, sim”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Contas bancárias zeradas

Aos gritos de “Fora Sartori”, os educadores demonstraram sua indignação com o descaso do governo, que desde 2015 não repõem a inflação, congelando os salários, e já parcelou por 21 vezes a remuneração mensal da categoria e dos demais servidores públicos. No último mês, foi depositado apenas R$ 350,00 como primeira, e até agora única, parcela do salário de agosto.
O valor é insuficiente para que os educadores arquem com suas despesas básicas como o pagamento de contas de água, luz, aluguel, alimentação e o pagamento das passagens de ônibus para ir à escola trabalhar. Na Praça, relatos das dificuldades causadas pelo parcelamento não faltavam. Um exemplo é a situação vivenciada pela funcionária da escola Marquês do Alegrete, Elizete Caminha Porto, de 69 anos. “Comprei uma cesta básica e parcelei o valor. Não tenho mais nada no banco, todas as minhas contas estão atrasadas e os juros subindo. Me aposento no final deste ano e nunca tinha passado por uma humilhação dessas”, relatou.

Foto: Carol Ferraz

 

Notícias relacionadas