Há 2 anos sem água potável, escola estadual de Canguçu pede socorro


A EEEM Senador Alberto Pasqualini, localizada na zona rural do município de Canguçu, está desde 2019 sem água própria para consumo.

A diretora Marli da Silva Einhardt relata que o problema começou em 2018, quando a cacimba apresentou água escura e pesada. “Em 2019 foram feitas diversas analises na água, onde foi detectado um índice de turbidez elevada. Imediatamente levamos a situação para a 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE)”, afirma Marli.

Em fevereiro de 2020, a coordenadora de educação Alice Maria Szezepanski foi até a escola e visitou o local do poço e uma propriedade vizinha, na possibilidade de conseguir água potável para suprir as necessidades da escola. “Conseguimos a cedência da cacimba vizinha, mas ao ser feita análise, a água também apresentou contaminação por estar localizada dentro de um campo/piquete de animais”, relata Marli.

Num segundo momento, Marli e Alice visitaram outra propriedade com poço artesiano para ver a possibilidade de abastecimento.

“Como a propriedade é comercial e a vasão de água do poço não é grande, o vizinho propôs ofertar água para a confecção da alimentação na escola, até se encontrar uma solução para o grave problema”, destaca a diretora.

No início de março de 2020, a CRE acionou a Coordenadorias Regionais de Obras Públicas (CROP), que  enviou um engenheiro para analisar a situação da instituição. O engenheiro constatou que a solução para o problema seria a construção de um poço artesiano para a escola.

“Foi então que chegou a pandemia da Covid-19 e tudo parou. Continuamos angustiados com a situação e com o problema sem solução. Com a determinação do retorno as aulas presenciais a comunidade escolar começou a cobrar mais e mais”, desabafa Marli.

Escola continua correndo contra o tempo para solucionar problema 

Em reunião com a CRE, foi colocado para equipe diretiva que a solução mais rápida e viável economicamente seria a de construir uma unidade de tratamento de água.

“A partir daí começamos a busca de empresas que realizem esse tipo de serviço. Como no município de Canguçu não tem nenhuma empresa nesta área, buscamos orçamentos de várias empresas de outros municípios para então pedir a liberação de recurso em caráter emergencial”, explica Marli.

No momento a escola está em negociação com uma empresa do noroeste do Estado, próximo a Cruz Alta, em busca de um projeto orçamentário para a execução do serviço.

“A unidade de tratamento da água necessitará de um acompanhamento mensal de um técnico, ampliando os custos de manutenção. Enquanto isso a escola continua interditada, com aulas remotas e a comunidade escolar indignada. Por não entender o porquê da demora na solução do problema”, lamenta a diretora.

A instituição é a única de ensino médio de todo o terceiro distrito de Canguçu. O sinal de internet é precário e muitos alunos enfrentam dificuldades para acompanhar as aulas online.

O presidente do Círculo de Pais e Mestres (CPM) da comunidade, Flavio Luiz das Neves Borges, conta que tem um carinho especial pela escola, já que ano passado sua filha se formou no ensino médio pela instituição. Flavio relata que a comunidade escolar está bem triste com o morosidade do Governo do Estado em solucionar a questão.

“Estamos buscando, por meio de recursos viáveis e órgãos competentes tangenciar o problema, mas ainda não achamos uma solução para que os alunos e funcionários possam retornar às atividades”, observa.

O diretor do 24º núcleo (Pelotas), Mauro Rogério da Silva Amaral está acompanhando o caso junto à CRE.

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