Em reunião com o novo secretário de educação, CPERS cobra acordo feito com Alcoba, nomeação de educadores e o pagamento dos dias de greve


Na manhã desta quinta-feira (25), a Direção Central do CPERS reuniu-se pela primeira vez com o novo secretário de Educação, Ronald Krummenauer. Na ocasião, a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, entregou a pauta de reivindicações da categoria e um dossiê que denuncia a falta de 420 professores em sala de aula, além de funcionários e especialistas, e a precária estrutura das escolas em diversas regiões do Estado.
A Direção cobrou o cumprimento do acordo feito ainda na gestão do ex-secretário, Luiz Alcoba de Freitas, que trata do pagamento dos dias de greve aos educadores (13 a 24/12/2016), o respeito à Lei de Gestão Democrática e aos calendários de recuperação construídos pelas escolas e aprovados por seus Conselhos Escolares, a revisão do ato de não liberação dos representantes dos Núcleos do Sindicato para a participação do ato Ocupa Brasília, no último dia 24, e a reposição de professores, funcionários e especialistas.
Ao discutir sobre a liberação dos educadores que participaram do ato em Brasília, a primeira postura de Krummenauer foi a de cortar o ponto. Somente após muita insistência da presidente do Sindicato, ressaltando que nenhum aluno foi prejudicado, visto que as escolas se organizaram para cobrir o período do colega que participou da atividade, o secretário afirmou que irá rever sua decisão. Mas frisou, que fará isso desde que seja comprovado que nenhum aluno teve prejuízo em seu dia letivo.
“O governo já está parcelando os nossos salários, não vamos admitir que o ponto dos colegas que foram lutar pelos nossos direitos seja cortado. Se o secretário insistir em descontar estes dias, nossa orientação será a de que não recuperem. Se isso ocorrer fica clara a intenção do governo de inviabilizar a participação dos educadores no Sindicato.”, afirmou Helenir.
Durante a reunião, Helenir destacou a necessidade de fazer com que a comunidade escolar se aproprie da escola. O secretário concordou que a educação sem a presença dos pais se torna mais difícil. Neste momento, a presidente do CPERS, relatou que o calendário de recuperação da greve, organizado pelas escolas, está sofrendo um entrave burocrático pelas Coordenadorias Regionais de Educação – CREs. “O discurso de trazer a comunidade tem que se transformar em atitude. Por isso, é preciso que aceite os calendários que estão sendo elaborados pelas escolas juntamente com o Conselho Escolar, respeitando a Lei de Gestão Democrática”, frisou.
Ao final da reunião, em entrevista à imprensa, Helenir destacou o que espera da postura do novo secretário frente à Secretaria Estadual de Educação – Seduc. “Espero que ele faça uma reflexão, que veja de perto a realidade da educação pública, que perceba o quanto o governo tem de responsabilidade com o caos que a educação está hoje e que esqueça o projeto de estado mínimo e possa ser um secretário de educação que tenha compromisso com a educação pública”, afirmou.

Confira abaixo a pauta de reivindicações entregue ao secretário

 

 

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