Fotos: Reprodução
Nesta quinta-feira (9), pais, estudantes, professoras(es), funcionárias(os) e toda a comunidade escolar realizaram uma mobilização em protesto contra a suspensão das matrículas para o 1º ano do Ensino Fundamental na EEEF Piauí, a partir de 2026. Estavam presentes na mobilização as(os) diretoras(es) do CPERS, Joara Dutra Vieira e Elbe Rafael Marques Belardinelli; e a diretora do 39º Núcleo do Sindicato, Neiva Lazzarotto, que se somaram à comunidade na luta contra mais um retrocesso imposto pelo governo Eduardo Leite (PSD).
Localizada no bairro Nonoai, em Porto Alegre, a Piauí atende há décadas alunas(os) da região, cumprindo seu papel na formação educacional e no apoio às famílias trabalhadoras, que dependem da escola para garantir um espaço seguro e de aprendizado para seus filhos e filhas.
Durante o ato, as(os) manifestantes também denunciaram que, em 2027, não serão abertas novas vagas para o 2º ano, e que esse processo continuará nos anos seguintes, o que pode levar ao fechamento total da escola, com as(os) estudantes sendo remanejadas(os) para escolas municipais.
Não é de hoje que o CPERS se posiciona veementemente contra a municipalização das escolas estaduais, projeto do governo Eduardo Leite (PSD), pois sabemos que esse processo representa um plano de desmonte da educação pública. A municipalização fragiliza a estrutura e a organização educacional, além de provocar a descontinuidade pedagógica, contribuindo para o aumento da evasão escolar.
A longo prazo, o projeto prevê transferir para os municípios a responsabilidade pela Educação Infantil e pelo Ensino Fundamental, restringindo à rede estadual apenas o Ensino Médio.
Para as professoras(es), funcionárias(os) de escola e toda a categoria, essa conjuntura representa uma nítida desvalorização, que impacta suas condições de trabalho e, sobretudo, a manutenção de seus cargos, abrindo possibilidade para a redução de carga horária e até mesmo a exoneração daquelas(es) que não possuem outra escola para realocação. Essas medidas colaboram para a desestruturação da educação e dos direitos já adquiridos pela categoria.
Diante desse grave cenário, o CPERS reafirma seu compromisso com a categoria e toda a comunidade escolar, informando que seguirá mobilizado e atuando em todas as frentes para impedir tais retrocessos e defender o direito fundamental de todas(os) ao acesso universal à educação pública, bem como a dos direitos adquiridos por toda a classe.
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