A vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho, reuniu-se, na tarde desta quinta-feira, dia 12, com a direção do Instituto de Educação General Flores da Cunha para colocar as instâncias do Sindicato à disposição para ajudar na busca por maior segurança no local. A escola, uma das mais tradicionais de Porto Alegre, situada na Avenida Osvaldo Aranha, sofreu dois arrombamentos consecutivos esta semana, terça e quarta-feira, que resultaram no roubo de equipamentos como computadores, notebooks e projetores multimídia (data show).
“Estamos aqui para prestar todo nosso apoio e colocar a nossa assessoria jurídica à disposição da escola para ajudar no que for necessário para garantir a segurança dos educadores e dos alunos. Não podemos admitir que todos fiquem expostos a tamanha insegurança. O governo jamais poderia ter feito a declaração que fez, dizendo que a direção da escola é responsável pelo ocorrido. Estaremos atentos e acompanhando a situação”, afirmou Solange.
Segundo a diretora do Instituto, Leda Larratea, nesta sexta-feira, dia 13, a direção da escola irá reunir-se com o secretário Vieira da Cunha para tratar da reforma estrutural do local. Segundo ela, a escola possuía segurança privada 24h por dia, paga pelo Estado, até o final do primeiro semestre deste ano. No entanto, alegando que seria implementado um sistema de monitoramento na instituição, o contrato com a empresa foi rescindido. “Nessa reunião, vamos cobrar ações efetivas para garantir a segurança dos nossos alunos, professores e funcionários. Não recebemos o repasse das verbas do governo desde agosto, não há nenhuma manutenção da estrutura da escola. Nos sentimos desprotegidos e abandonados”, destacou.
Insegurança predomina
O simples ato de chegar e sair da escola é considerado um pesadelo para os alunos do Instituto, devido a total falta de segurança. “Essa situação é revoltante e deprimente. Nós já estudamos em um lugar sem estrutura adequada e ainda levam o pouco que temos”, desabafa a estudante do 3º ano do Ensino Médio, Natalia Xavier, 18 anos.
“Fora isso, têm os assaltos aqui na frente da escola e na parada de ônibus, por exemplo. Temos que ficar sempre muito atentos, pois é raro ter policiamento por aqui”, relatou Bruno Castilhos, 18 anos, aluno do 3º ano do Ensino Médio.
Para tentar driblar a falta de segurança, os estudantes combinam algumas ações. “Procuramos andar sempre em grupos, não ficar parados muito tempo no mesmo lugar e não trazer nada de valor”, explica Gabriel Gomes, 17 anos, também aluno do 3º ano do Ensino Médio.