O CPERS manifesta seu apoio irrestrito e sua solidariedade com a luta dos estudantes das escolas públicas de São Paulo. Desde o dia 09 de novembro, eles ocupam 208 instituições escolares para demonstrar a contrariedade quanto à reorganização do ensino, anunciada no final de setembro pelo secretário estadual de educação.
A reorganização pretendida pelo governo paulista (PSDB) não ouviu professores, funcionários de escolas, pais, alunos e todos aqueles que compõem a comunidade escolar. Deixando notória sua forma arbitrária, impositiva e intransigente de governar, impondo sua política de desmonte do serviço público, que resulta em cortes progressivos nas verbas para a educação e em escolas sucateadas.
A mobilização dos estudantes pela retomada de suas escolas e contra a reorganização imposta é uma reivindicação legítima, considerando-se que o fechamento anunciado de 94 escolas e a (des) organização das instituições por ciclos trará inúmeros problemas, seja pela demissão de trabalhadores docentes e não docentes, seja pelo deslocamento imposto a milhões de estudantes ou ainda pela superlotação de salas de aula.
Além de não dialogar, o governo usa de suas forças de segurança para agir com truculência e impedir as manifestações. Durante a noite desta terça-feira, dia 1º de dezembro, houve confronto entre alunos que realizavam protesto em uma das vias que liga o Centro de São Paulo a Zona Sul, e policiais militares, que usaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar os estudantes e, de forma violenta, levaram alguns dos jovens e um casal que estava passando pelo local e manifestou contrariedade em relação a ação policial, para a delegacia.
Não podemos admitir a precarização da escola pública e as sérias consequências na vida dos docentes e das famílias que tais medidas pretendidas pelo governo de São Paulo podem causar.
A defesa da escola pública, gratuita e de qualidade é urgente! Todo apoio aos estudantes de São Paulo!
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