Na manhã desta quinta-feira (2), o CPERS realizou a reunião mensal do seu Conselho Geral, na sede do Sindicato, em Porto Alegre. O encontro reuniu representantes de núcleos e diretoras(es) estaduais com o objetivo de debater a conjuntura e definir os rumos da mobilização pela valorização salarial, melhores condições de trabalho e defesa da educação pública.
As deliberações aprovadas serão encaminhadas para a Assembleia Geral da categoria, marcada para esta sexta-feira (3), a partir das 13h30, na Casa do Gaúcho, na Capital.
A abertura do Conselho contou com uma ação simbólica em solidariedade ao povo palestino e em protesto contra a prisão de ativistas brasileiros que participavam da mais recente missão da Flotilha pela Liberdade, interceptada por Israel em águas internacionais quando tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Na sequência, o professor da UFRGS e cientista político, Benedito Tadeu César, trouxe uma análise do cenário estadual, nacional e internacional como subsídio para a organização da luta.
Na sequência, a presidente do CPERS, Rosane Zan, ressaltou a importância da resistência coletiva diante da política neoliberal do governo Leite/Gabriel/Raquel e do Projeto de Lei 347/2025, que tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa. Para o Sindicato, a proposta aprofunda a lógica meritocrática dentro das escolas, estimulando a competição e a desigualdade entre educadoras(es).
“Toda e qualquer valorização precisa ser linear, para toda a nossa categoria. O PL 347 cria competição e desigualdade dentro das escolas, por isso precisamos dizer não. Além disso, não há previsão de revisão salarial na LOA, enquanto aposentados e funcionários de escola amargam quase 11 anos sem reajuste real. Seguiremos organizados e mobilizados para conquistar avanços, como mostrou a vitória na Câmara dos Deputados com a isenção do Imposto de Renda, que beneficiará grande parte da categoria”, destacou Rosane.
Entre as deliberações do Conselho, foram definidas ações estratégicas para o próximo período:
– Intensificar a pressão junto aos parlamentares contra o PL 347/2025, sob o mote “Não à Escola Meritocrata de Leite, Gabriel e Raquel”;
– Realizar Atos Regionais em frente às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), reivindicando o fim do desconto da penosidade e o reenquadramento das(os) funcionárias(os) de escola que ficaram de fora;
– Convocar um Ato Público Estadual com paralisação, exigindo a aprovação das emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) por Reajuste Já para toda a categoria e em defesa do IPE Saúde público.
Além dessas pautas centrais, também foram debatidos temas estruturantes como salários e remuneração, carreira, previdência e saúde da(o) trabalhadora(or), condições de trabalho, segurança e questões pedagógicas.
O Conselho Geral reafirmou a importância da unidade e da mobilização permanente da categoria diante dos ataques aos direitos da classe trabalhadora e em defesa da educação pública de qualidade.
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