Após 21 Núcleos e cerca de 500 escolas visitadas, a Caravana em Defesa da Escola Pública cruzou um marco nesta quinta-feira (23). A passagem por Vacaria significa que metade da programação, iniciada em julho, já foi cumprida.
São seis semanas ouvindo a categoria e debatendo a conjuntura política no chão da escola, e o roteiro segue até setembro, abrangendo todos os 42 núcleos do CPERS. Em Vacaria, foram visitadas mais de 20 instituições de ensino.
Para Emelda Haubert, professora aposentada há cinco anos, do Núcleo de Carazinho, a iniciativa representa mais do que uma ação pontual em cada cidade. “Passamos hoje em Vacaria, mas a caravana não termina aqui. Precisamos que vocês continuem o debate e levem a discussão para a comunidade. As nossas são conquistas são do tamanho do nosso movimento”, avalia.
“Viemos para discutir os projetos em disputa nessas eleições. Sabemos que o voto não resolve, pois sempre lutamos e fizemos greve em todos os governos, independente da orientação política”, explicou o diretor Daniel Damiani. “Mas o projeto atual, representado por muitos candidatos, de Estado mínimo e enxugamento, não nos serve.”
Por onde passa, a Caravana mobiliza educadores(as) em busca de uma orientação para os desafios do período. O educador Éverton Campos, professor de História da EEEF Ione Campos dos Santos, acredita que é preciso dialogar de forma mais clara com a sociedade. “Se criou uma ideia de que professores ganham bem e tem privilégios por serem servidores públicos. Não conhecem a nossa realidade diária”, desabafa.
Solange Carvalho, 1ª vice-presidente do CPERS, lembrou que mesmo no período eleitoral, a caravana segue exigindo o cumprimento de suas pautas. “Reivindicamos 23,29%, o que corresponde apenas à inflação oficial desde 2014. E esse governo, que aumento as verbas para propaganda e paga fornecedores em dia, não é capaz de conceder nem isso”, informou.
A Caravana encerra a semana nesta sexta-feira, em Lagoa Vermelha, 25º Núcleo do Sindicato. Confira o cronograma completo.
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