O CPERS, representado pelo presidente em exercício, Alex Saratt, visitou a EEEM Cláudio Antônio Benevgnú, em Água Santa, para verificar as consequências do incêndio que atingiu a instituição no início do mês. Com a estrutura interditada, as aulas ocorrem em um prédio cedido pelo município. Diante da situação, a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) impôs a enturmação.
“A Coordenadoria aproveitou uma situação trágica da escola, que foi o incêndio, para fazer enturmações, desobedecendo às orientações do Conselho Estadual de Educação e o próprio parecer da Secretaria Estadual de Educação. Ou seja, infringe regras criadas por eles e pelas quais deveriam zelar”, ressalta o presidente do Sindicato.
“O Conselho deixa muito claro que em turmas em que há alunos especiais, como é o nosso caso, o máximo permitido são 25 alunos no mesmo espaço. E temos mais na mesma sala de aula”, observa a diretora da instituição, Maiara Fontana.
Ela também observa que com a enturmação, vários professores(as) nomeados poderão ficar sem regência e muitos contratados(as) podem perder o contrato.
A comunidade escolar já manifestou sua contrariedade através de um documento endereçado à 7ª CRE, exigindo que seja desfeita a enturmação para que os alunos tenham o atendimento adequado, bem como as condições pedagógicas apropriadas.
“Foi enviado um documento do Conselho de Pais com a assinatura dos pais, dos professores e da direção. Estamos aguardando que entendam nossa preocupação e acatem o nosso pedido”, expõe a diretora.
Comunidade angaria recursos para a reconstrução da escola
A escola conseguiu, através do apoio da comunidade, recursos para a reconstrução da parte atingida pelo incêndio, que ocorreu na madrugada do dia sete deste mês e que destruiu o segundo andar do prédio. O telhado e pelo menos três salas de aula foram atingidos.
“Já temos R$ 150 mil de doação da comunidade e a CRE está vendo qual a melhor forma, a maneira legal, de fazermos uso desses recursos”, explica Maiara.
Saratt ressalta que o Sindicato seguirá atento a toda a situação até que sejam resolvidas as questões da reconstrução do prédio e da enturmação. “Nós seguiremos acompanhando o desenrolar desse processo, junto à nossa assessoria jurídica, até que a escola retome as suas atividades no prédio original e com as condições adequadas, o quanto antes.”