🏳️‍🌈 Em tempos de ódio nas redes e nas ruas, é preciso celebrar o orgulho de ser quem se é!


Neste 28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. A data é comemorada mundialmente e tem como origem um episódio ocorrido em 1969, na cidade de Nova York, mais precisamente no bar “Stonewall Inn”, que nos anos de 1960 era um dos mais conhecidos redutos gay da cidade.

Importante lembrar que, até 1962, não ser heterossexual era crime nos Estados Unidos. Nas ruas de Nova York, quem não vestisse pelo menos três peças de roupa “apropriadas ao seu gênero” poderia ser preso. E meias não contavam. Não à toa, muitas drag queens aboliram o uso de saltos altos para poder correr melhor da polícia quando necessário.

Apesar de já existirem algumas movimentações da comunidade LGBTQIA+, a Revolta de Stonewall se tornou o marco mais representativo das lutas pelos direitos dessa população. Naquele ano, há mais de cinco décadas, os frequentadores do bar decidiram se rebelar contra a opressão policial, que frequentemente assolava o público do lugar. Foi assim, que pela primeira vez na história da humanidade, a comunidade LGBTQIA+ encurralou a polícia, que até então sempre havia a encurralado.

Se antes, viver em guetos era uma forma de proteção, depois do dia 28 de junho de 1969, mostrar-se passou a ser a forma mais eficaz de se defender. Em 1970, mais de dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta de Stonewall, dando início ao que conhecemos hoje como sendo às Paradas LGBTQIA+, que acontecem nos mais diversos lugares do mundo, com multidões nas ruas levantando a bandeira do arco-íris (símbolo desse orgulho).

Quando a revolta de Stonewall aconteceu, o Brasil passava por um dos piores momentos da Ditadura Militar. Menos de um ano antes, em dezembro de 1968, havia sido outorgado o Ato Institucional n.º 5, que retirava uma série de liberdades civis, de direitos individuais e fez aumentar a censura. Apesar de todo esse cenário, curiosamente o Brasil, país onde mais ocorrem crimes de ódio contra LGBTQIA+ no mundo atualmente, foi a primeira nação das Américas a descriminalizar a homossexualidade.

A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, uma das maiores do mundo, começou somente em 1997, sendo hoje o evento que mais reúne turistas na capital paulista (e o segundo do Brasil, perdendo somente para o carnaval carioca). No Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a primeira Parada Livre aconteceu em 1998.

É preciso destacar que Stonewall foi o grande levante de uma população em revolta, após ser violentada ao limite, em nome de duas coisas que não só devem ser vistas como direitos essenciais, mas também como premissas fundamentais de qualquer sociedade justa: o direito das pessoas serem quem quiserem ser, e ainda o amor, seja ele como for!

Não esqueçamos nunca dos que começaram essa luta! Se hoje em dia a comunidade LGBTQIA+ tem um mínimo de liberdade, apoio e direitos garantidos, com certeza muitas pessoas sacrificaram suas vidas para que hoje se possa lutar, ainda que pelo mínimo já conquistado. Que o exemplo dos antepassados sirva de estímulo para seguirmos adiante!

Que mesmo em tempos tão difíceis e de tanta luta, a gente ainda consiga celebrar o amor!

O CPERS, por meio do seu Departamento de Gênero e Diversidade, apoia o movimento LGBTQIA+ e celebra também esse orgulho de ser quem se é. O amor vencerá!

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