Nesta semana, começamos mais um ano letivo na rede estadual de educação.
Por amor ou vocação, vamos atender com todo zelo os(as) estudantes que dependem da escola pública para crescer, sonhar e transformar o futuro do Rio Grande.
Nós faremos a nossa parte. E o governo? E a sociedade?
Trabalhamos há 38 meses com o salário parcelado, atrasado e sem reajuste ou reposição da inflação desde novembro de 2014.
Ninguém sobrevive apenas de amor e dedicação. Nós também temos famílias, contas, obrigações, expectativas e sonhos. Não somos meros números na folha de pagamento do Estado.
O Rio Grande do Sul é a 4ª maior economia do Brasil, mas paga o 2º pior salário de ingresso para educadores(as) entre todos os estados da federação.
Enquanto não houver uma mesa de negociação séria para discutir reposição ou reajuste salarial e propostas para o pagamento do Piso – sem instrumentos paliativos como o completivo – o Rio Grande do Sul continuará em dívida com os(as) educadores(as) e com a qualidade da escola pública.