A convite do Palácio Piratini, o CPERS participou na tarde desta terça-feira (2) do Ato de Reforço do Pleito de Antecipação de Vacina aos Professores, realizado por meio virtual.
A reunião oficializou o envio de um ofício ao Ministério da Saúde para priorizar a vacinação da categoria no cronograma nacional de imunização.
O Sindicato, representado por integrantes da direção central e pela presidente Helenir Aguiar Schürer, aproveitou o espaço para frisar a importância da vacina, rememorar as vidas perdidas no seio da categoria e marcar a impossibilidade de retomar as aulas presenciais neste momento.
“A cada dia recebemos novas notícias de mortes de colegas, Sr. governador. Ano passado, há muito custo, conseguimos encerrar o ano letivo com as atividades remotas. Neste grave momento, pedimos: não permita que as aulas presenciais sejam retomadas”, disse Helenir.
Nesta terça, o Rio Grande do Sul alcançou pela primeira vez 100% de ocupação das UTIs.
Vale lembrar; o Estado ingressou com um recurso contra a liminar conquistada pelo CPERS e a AMPD, que suspende as aulas presenciais em bandeira preta. Portanto, a questão segue em litígio.
Helenir também lembrou o governador, referindo-se ao nome do evento, que a vacina deve ser priorizada para o conjunto dos trabalhadores(as) em educação.
“Quando o Sr. fala em professores apenas, se esquece dos nossos funcionários de escola. O compromisso de vacinação deve ser com todos os educadores”, afirmou.
Eduardo Leite (PSDB) esclareceu que a intenção é antecipar a imunização para toda a categoria. “Entendemos que é do interesse de todos que possamos dar esta tranquilidade aos educadores para a retomada das aulas presenciais”, disse.
O governador destacou, no entanto, a necessidade de pressionar conjuntamente o governo federal para que o plano nacional permita a antecipação.
“A julgar pelo cronograma do Ministério da Saúde, se for cumprido como hoje está estabelecido, os professores começariam a ser imunizados somente em maio”, alertou Leite.
Na Assembleia, também há projetos em tramitação que determinam a necessidade de imunização da categoria, como o PL 22, da deputada Sofia Cavedon (PT). O texto proposto pela parlamentar condiciona as aulas presenciais à oferta pública de vacinas aos educadores(as).
O deputado Gabriel Souza (MDB) atual presidente da Assembleia Legislativa, vislumbrou um exemplo positivo na tentativa de encontrar consenso político em meio às diferenças.
“Buscar resolver o que precisa ser resolvido é a tarefa principal do setor público. É fundamental que tenhamos este consenso agora”, ressaltou.
Além do Executivo e Legislativo estadual, o ato também contou com a presença de representantes da Câmara Federal, Defensoria Pública e Ministério Público.
CPERS pede adiamento das matrículas e fechamento total das escolas em bandeira preta
Nesta terça, o Sindicato enviou à SEDUC um ofício solicitando o adiamento das matrículas na rede em virtude do grande fluxo nas escolas durante o período.