Reposição já: vigília permanente por salário digno e contra a retirada de direitos


O CPERS entra setembro em vigília permanente pela justa reposição salarial da categoria. Já são sete anos sem nenhum centavo de reajuste, levando professores e funcionários de escola a situação de miserabilidade.

Diferente do discurso de campanha, quando afirmava que bastava levantar da cadeira para valorizar os educadores, o governador Eduardo Leite elegeu a educação como sua inimiga e vem, sucessivamente, retirando direitos históricos.

Confisco do salários dos aposentados(as), fim de vantagens temporais, descontos acumulados do vale-transporte e o não pagamento dos dias trabalhados para recuperar a greve são alguns dos ataques que minguam ainda mais os já ínfimos recursos da categoria.

“O governo Leite segue com as mesmas políticas de Sartori, só que aprofundando ainda mais a retirada dos nossos direitos. Bolsonaro fez a reforma da previdência, taxando os aposentados, e imediatamente o governador fez o mesmo aqui. O sucateamento da educação pública e o desmonte dos serviços públicos fazem parte do projeto de ambos. Seguimos na luta contra este projeto de destruição do Rio Grande do Sul e do Brasil”, observou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

O segundo vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, frisou que o salário da categoria não acompanha os índices da inflação e nem a alta dos preços. “Houve aumento do gás, da luz, da gasolina, da alimentação, de tudo. E o nosso salário segue o mesmo. Um governo que não olha para a educação, não faz investimento no futuro”, frisou.

Direção reforça necessidade urgente de reposição

“Enfrentamos um governo que vem retirando direitos ao mesmo tempo que implementa a privatização  dos serviços  públicos como Corsan, a  CEEE e o Banrisul,  deixando o Estado menor para a classe trabalhadora”, observou a diretora Vera Lessês.

A diretora Suzana Lauermann observou que diante da desvalorização, há falta de interesse de ingresso na carreira. “São sete anos de salário congelado, sem concurso público e com um plano de carreira destruído. Nas atuais condições a falta de educadores se tornará ainda maior.”

Juçara Borges, diretora do CPERS, lembrou do impacto aos aposentados. “A retirada  dos nossos direitos nos deixa sem condições  de termos uma vida digna. Estamos sendo penalizados, pagando novamente a previdência”, destacou.

“Os educadores estão tendo que escolher entre comer e pagar as suas contas. Isso é inaceitável. Ano que vem tem eleições estaduais e nacional. Vamos dar a resposta nas urnas”, afirmou a diretora Alda Bastos Souza.

“Os funcionários da educação recebem o menor salário na pirâmide salarial do estado do Rio Grande do Sul. Têm que escolher entre pagar as contas ou comprar comida. O que Eduardo Leite faz é desumano”, ressaltou a diretora Sonia Solange Viana.

A diretora Glaci Weber alertou para o risco do fim da paridade dos aposentados. “Os aposentados repudiam o sequestro dos seus salários, realizado por Leite e Bolsonaro através da reforma da previdência. Agora querem fazer a reforma administrativa para terminar com a paridade.”

“Nossa categoria está miserável, endividada com os empréstimos no Banrisul para tentar sobreviver. Precisamos da reposição para termos um mínimo de dignidade. Governador, respeite quem faz a educação desse estado”, disse a diretora Rosane Zan.

“Hoje estamos apoiando também o movimento do pessoal do Sindiágua e da Corsan, contra a privatização. E sempre lembrando da nossa necessária reposição salarial”, enfatizou o diretor Amauri Pereira da Rosa.

“Não é possível imaginar um país ou estado que cresça sem valorizar a educação pública. Não é tarefa do estado economizar, ter dinheiro em caixa, ao contrário, o estado precisa investir, especialmente em educação, para que servem 2,7 bilhões de superávit se educadores ganham somente para se alimentar?”, observou a diretora Carla Cassais.

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