O governo Eduardo Leite anunciou nesta segunda (30) que a folha de setembro começará a ser quitada apenas no dia 15 de outubro. É o maior período sem pagamento já registrado desde o início dos atrasos, que já somam 46 meses desde o governo Sartori.
Trata-se de uma medida adequada ao slogan adotado pelo governo. Novas façanhas, velhas práticas.
A primeira faixa salarial será de R$ 2,5 mil. Quem recebe acima do valor terá os salários quitados pelo sistema de parcelas. A primeira será depositada no dia 16 no valor de R$ 1 mil. A próxima, somente no dia 12 de novembro, equivalente a R$ 3,5 mil. O saldo restante da folha deve ser quitado até o dia 13.
Na Assembleia Geral do CPERS, realizada na última sexta (27), a categoria aprovou a realização de um ato estadual no dia do professor, coincidentemente a data do primeiro pagamento (15), bem como a instalação de uma acampamento permanente na Praça da Matriz para pressionar o governo por pagamento em dia e reposição salarial.
Os educadores também deliberaram por cessar as paralisações no 1º dia útil do mês, substituindo a atividade por turnos reduzidos ou outras formas de manifestação e debate sobre a pauta salarial, construindo as condições para uma greve maciça da educação.
No dia 27 de agosto, o CPERS protocolou um pedido de inspeção extraordinária das contas do Estado no TCE, questionando a continuidade da política de atraso, parcelamento e congelamento salarial apesar do crescimento das receitas.
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