A EEEF Estado de São Paulo, localizada no bairro Murungava, zona rural de Gravataí, está, mais uma vez, sem transporte escolar para os cerca de 150 estudantes da escola. A instituição já havia passado pela mesma situação em abril deste ano.
Após pressão do CPERS, educadores(as), alunos(as) e comunidade escolar, o problema foi solucionado com um contrato emergencial com a empresa Linlex Transportes, mas, desde o dia 1º de agosto, a empresa não está mais operando o serviço.
O diretor da escola, Ricardo Britz, explica que após três meses a empresa se retirou dizendo que pedirá um aumento por km rodado para a Seduc. “Estamos apreensivos e aguardando uma solução. Acionamos a Seduc e as pessoas responsáveis pelos contratos para fiscalizarem, pois, os contratos estão vigentes, tanto o emergencial quanto o de licitação, só vencem no final do mês”, aponta.
Sem o transporte escolar, 150 alunos(as) da Estado de São Paulo permanecem em casa sem poder estudar. “Mães e pais estão apreensivos sem saber para quem pedir ajuda. Estamos novamente pedindo socorro para que o transporte volte a funcionar na escola”, desabafa o diretor.
Britz destaca que os estudantes já tiveram prejuízo com a pandemia, e agora, novamente, estão tendo prejuízos pedagógicos com a falta de transporte. “O governo não está nem fiscalizando, a Seduc pediu para aguardar para eles negociarem com a empresa. Já faz uma semana e não sabemos até onde vai essa situação ou quando a empresa voltará a transportar nossas crianças aqui para a escola”, frisa.
O educador destaca ainda que o sentimento é de descaso e desrespeito por parte do governo do Estado com a escola e os estudantes. “Eduardo Leite promete melhorar a educação, promete transporte para todo mundo e só fica na promessa. Ele só promete e não cumpre os contratos, nem a palavra e ficamos frustrados, porque a escola fica abandonada sem alunos”.
Em abril, o 1º vice-presidente do CPERS, Alex Saratt, o diretor Leonardo Preto Echevarria, e a diretora do 22º núcleo (Gravataí), Leticia Coelho Gomes, acompanharam a situação da escola e participaram de reuniões com a 28ª CRE, além das mobilizações pela volta do transporte.
“O CPERS já interviu nessa questão anteriormente, conseguiu mediar uma solução de compromisso que garantisse a regularidade do transporte e diante desse fato, mais uma vez, vamos ser parte da resolução deste problema, exigindo da Seduc que agilize os processos para que não aconteça novamente. O CPERS segue na luta pelo transporte escolar e por uma educação pública de qualidade”, destaca o 1º vice-presidente da entidade, Alex Saratt.
O Sindicato seguirá acompanhando o caso e atento aos próximos passos, para que o problema da instituição seja resolvido o mais breve possível.