Escolas estaduais indígenas participam de sessão de autógrafos na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre


Emoção, resistência e respeito aos povos originários! Estudantes das escolas estaduais indígenas Nhamandu Nhemopu’ã e Gãh Té, juntamente com a EMEF Professora Ana Íris do Amaral, emocionaram quem passava pela 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, na última sexta-feira (10), ao participarem de uma sessão de autógrafos.

O livro “Entre Folhas e Raízes da Ancestralidade”, projeto desenvolvido pela professora Ana Cristina Motta da Silva, da escola Professora Ana Íris, de Porto Alegre, trata sobre a medicina ancestral dos povos indígenas, trazendo uma compilação de relatos de alunos(as) sobre a utilização destes métodos por suas famílias e comunidade.

“Essa experiência foi maravilhosa! Ao partir dos conhecimentos ancestrais indígenas, estamos valorizando essas aprendizagens e ao trazer os participantes como protagonistas do processo, combatemos preconceitos. É uma atividade de integração, de valorização cultural e coletiva”, explica a professora.

Ana Cristina ainda comenta sobre o processo de construção da obra: “Iniciamos pesquisando sobre os conhecimentos indígenas. Em abril, participamos da Semana Cultural organizada pela escola Nhamandu Nhemopu’ã. Visitamos também a Retomada Kaingang Gãh Ré; a Cacica Iracema Gãh Té realizou atividades com as crianças em nossa escola”.

Leandro Moura, diretor da Escola Estadual Indígena Nhamandu Nhemopu’ã, localizada em Viamão, destaca que a experiência de participar da Feira do Livro foi enriquecedora para os estudantes e para a disseminação da cultura e ancestralidade do povo indígena. “Participar da Feira foi gratificante, eles se fizeram ser ouvidos e apresentaram um pouco mais da cultura indígena para os transeuntes. Também ganhamos um lote dos livros para vender e angariar recursos para a escola”, observa.

“Eles se sentiram realizados em poder mostrar um pouco da nossa cultura kaingang através do livro. Para mim, como educadora, é muito importante e necessário que a nossa cultura seja vista e que os não indígenas saibam um pouco mais sobre a retomada Gã Ré, com a nova geração junto com nossos ancestrais”, explanou Audisseia Kapri, professora da Escola Estadual Indígena Gãh Té, de Porto Alegre.

O CPERS deseja que iniciativas como essa se multipliquem cada vez mais, por acreditarmos que a luta por uma sociedade mais igualitária é diária e deve estar integrada na luta por uma educação que respeita as diferenças. Viva a escola pública, gratuita e de qualidade! Viva os povos originários!

Fotos: Cris Motta / @crismottafotografia

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