Após o ato em frente do Palácio Piratini, a direção central do CPERS Sindicato esteve reunida com a bancada do PDT sobre o PL 467/2021, do reajuste do Piso do Magistério.
Na ocasião, a presidente do CPERS Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, defendeu que a valorização salarial seja estendida para toda a categoria de educadores(as): professores(as), funcionários(as) e aposentados(as)
“Viemos procurar a bancada do PDT para seguirmos com essa relação estreita na luta pela educação pública. Defendemos o reajuste, mas para todos”, afirmou a presidente.
Helenir colocou que uma das distorções é que PL prevê que a parcela de irredutibilidade seja absorvida pelo subsídio, fazendo com que quanto mais anos de trabalho, menor o reajuste real. Ou seja: o educador irá tirar dinheiro do próprio bolso para que o governo pague o piso.
“Somente dos aposentados(as), após as últimas reformas, Eduardo Leite (PSDB) já confiscou R$ 340,00 milhões ao ano, deixando quem contribuiu uma vida inteira sem ter até o que comer. Recebemos diariamente queixas sobre a situação de miserabilidade e agora, se o projeto não for alterado, 30.933 professores(as) aposentados(as) não terão nenhum reajuste. Além disso a proposta exclui 24.664 funcionários de escola”.
Presente na reunião, o deputado Gerson Burmann (PDT), garantiu que os parlamentares do partido irão pressionar o governo para avançar na proposta.
“Sabemos que os educadores já perderam mais de 50% do seu poder de compra, que os aposentados estão sendo descontados na previdência e da situação dos funcionários, que não podem ficar de fora do projeto. Podem contar conosco”, garantiu.
A chefe de gabinete da liderança da bancada do PDT e vice-presidente nacional da sigla, Miguelina Vecchio, assegurou que a educação é um compromisso histórico dos trabalhistas. “Nosso partido carrega uma história política de defesa dos educadores(as) e da escola pública”.
Também estiveram presentes na reunião, os diretores do CPERS, Alda Maria Bastos Souza, Amauri Pereira da Rosa, Cássio Ritter, Glaci Weber, Leonardo Echevarria, Rosane Zan e Vera Lessês, além da chefe de gabinete da deputada Juliana Brizola, Eliaine Rodrigues.
Pressão
Nos últimos dias, a direção do CPERS também esteve reunida com as bancadas do PSOL e PT. O Partido dos Trabalhadores já protocolou 2 emendas ao PL 467/2021, propondo que o reajuste de 32% seja aplicado também sobre a parcela autônoma e sobre a parcela de irredutibilidade e que a mesma não seja absorvida pelo reajuste e que a valorização seja estendida aos servidores de escola. O projeto poderá ser apreciado pela Assembleia Legislativa a partir da próxima terça-feira (21).