Nesta quarta-feira (9), o CPERS esteve presente no Ato Nacional em Defesa da Educação Pública, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), em Brasília.
Sindicatos e movimentos sociais de todo o Brasil reuniram-se na capital federal com o objetivo de pressionar o governo em busca da revogação do Novo Ensino Médio (NEM), da valorização da categoria e de maior investimento no setor. Além disso, o encontro abordou pautas de extrema importância, como a promoção da educação inclusiva e a desmilitarização das escolas.
Na tarde da última segunda-feira (7), oito ônibus do CPERS saíram do Rio Grande do Sul em direção a Brasília levando professores(as) e funcionários(as) de escola, tanto aposentados(as) como da ativa. A programação do evento foi marcada por dois emocionantes momentos, o “Grande Abraço de Pressão no MEC” e a “Mobilização dos Trabalhadores(as) em Educação”.
Ainda pela manhã, concomitante ao grande abraço de pressão em volta do edifício do MEC na esplanada dos ministérios, foi feita a entrega de um ofício pedindo a revogação do Novo Ensino Médio, além de outras pautas como a aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional para Profissionais do Magistério Público e valorização da carreira para os funcionários(as) e professores(as), além de melhores condições para a formação dos trabalhadores(as).
Durante a tarde, o ato continuou no Anexo II da Câmara dos Deputados. Por lá, os manifestantes foram recebidos por deputados(as) e simpatizantes, que discursaram em prol da revogação do NEM e das melhorias para a classe dos educadores(as) do Brasil. Uniram-se aos manifestantes os deputados Elvino Bohn Gas (PT), Reginaldo Veras (PV), Pedro Uczai (PT), Glauber Braga (Psol), Zeca Dirceu (PT), Fernando Mineiro (PT) , e as deputadas Erika Kokay (PT), Maria do Rosário (PT), Alice Portugal (PCdoB), Carol Dartora (PT) e Sâmia Bomfim (Psol).
De acordo com a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, um avanço nas demandas educacionais tem sido observado, mas é preciso reafirmar a posição do Sindicato frente ao Governo Federal. “Esse abraço é para dizer que nós queremos as políticas que nós elegemos ao votarmos no Lula para a Presidência do Brasil. Estamos juntos pela nossa pauta e queremos que o governo venha junto”, argumenta a presidente.
A mobilização, capitaneada por esses movimentos, representa também a urgência de dar corpo a uma série de políticas que foram desmembradas nos últimos sete anos. “Queremos o Piso e a Carreira para o conjunto da nossa categoria, queremos mudança no Ensino Médio, queremos a valorização profissional com a nossa formação, tudo que foi tirado durante o golpe e o negacionismo de Bolsonaro”, declara o presidente do CNTE, Heleno Araújo.
Após o encerramento das discussões promovidas pelo ato, os representantes do CPERS retornam para seus municípios, dando seguimento às pautas em âmbito regional. Segundo o 1º vice-presidente do Sindicato, Alex Saratt, a atividade foi alegre, mas sobretudo responsável, pois os desafios a serem superados são muitos. “É preciso muita mobilização, luta, consciência e capacidade de proposição para que vençamos as batalhas sempre que elas se apresentem e façamos da educação um instrumento para um novo projeto nacional de desenvolvimento”, completou.
O 2º vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, destacou a importância da união na defesa da educação pública.
“Este ato foi extremamente simbólico, pois conseguimos reunir aqui representações de todo o país, com professores, funcionários de escola e também os estudantes, que nesta sexta celebrarão o seu dia. Todos reunidos com um único objetivo, a defesa intransigente da educação pública. Foi um momento de muita potência e clamor social pela revogação do Novo Ensino Médio. Saímos com a energia renovada para dar continuidade à luta contra todos os retrocessos dos últimos governos à educação e aos educadores”.
Também participaram do ato representando o Sindicato a secretária-geral, Suzana Lauermann, a tesoureira, Rosane Zan, e os diretores Leonardo Pretto Echeverria e Juçara Borges. Ao lado deles, outras entidades que compõem o Fórum Nacional Popular de Educação também estiveram presentes.