Conforme deliberação do Conselho Geral do CPERS na última sexta-feira (6), a rede estadual deve aderir à greve geral da educação convocada pela CNTE para o dia 18 de março.
A categoria realizará um ato estadual às 15h, na Praça da Matriz, voltado à denúncia do autoritarismo do governo Eduardo Leite (PSDB), que insiste na manutenção no corte de ponto de grevistas.
Às 18h, haverá ato unificado com as demais entidades e representações sindicais na Esquina Democrática.
Corte de ponto
São mais de 27 mil educadores(as) que já recuperaram as aulas e encerraram o ano letivo, prestando o serviço para o qual foram nomeados e contratados. Não obstante, seus salários foram cortados como forma de retaliação ao movimento.
“O corte é uma medida meramente punitiva, que desconsidera a situação de miséria imposta pelo próprio Estado a quem trabalha no chão da escola” explica a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Diante da intransigência do Piratini, o CPERS espera contar com o apoio de deputados(as) de oposição e da base governista para exigir respostas do Estado e pressionar por uma mudança de postura.
“O objetivo do governo é um só: usar os educadores de exemplo para sufocar a resistência e a luta coletiva”, conclui Helenir, referindo-se à expressão “pedagógica”, utilizada pelo governador para caracterizar a medida.
Embora o mérito legal do corte ainda esteja em disputa no Tribunal de Justiça, a gravidade da situação exige soluções urgentes.
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