Na noite desta quinta-feira (20), mais de cem conselheiras e conselheiros do CPERS reuniram-se virtualmente para debater estratégias de mobilização e luta por valorização salarial, além de soluções emergenciais às educadoras(es), da ativa e aposentadas(os), escolas e comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
A reunião é preparatória para a Assembleia Geral de Reforma Estatutária do Sindicato, que acontece nesta sexta (21), via Zoom. A Reforma Estatutária visa fortalecer a atuação da entidade em defender as trabalhadoras(es) da educação diante de tantos ataques do governo Eduardo Leite (PSDB) à categoria e ao ensino público gaúcho.
O CPERS tem cobrado incessantemente da Secretaria de Educação (Seduc) ações para garantir que o retorno às aulas aconteça de forma segura e adequada, com assistência psicológica garantida a professoras(es) e funcionárias(os) de escola e estudantes, atingidas(os) pela tragédia político-ambiental.
“O papel do Sindicato é fundamental neste momento. É inadmissível que professores e funcionários sejam forçados a retornar às aulas como se nada tivesse acontecido. Trazemos ao nosso Conselho propostas de mobilização para garantir nossos direitos e proteger nossos postos de trabalho. Eduardo Leite precisa ser responsabilizado e oferecer soluções concretas para os problemas enfrentados pela categoria, e não descansaremos até que isso aconteça”, asseverou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Em meio a toda essa crise, educadoras(es) ainda se depararam com uma oferta enganosa e cruel do Banrisul relacionada aos empréstimos consignados. O banco prometeu que não haveria cobrança de juros, mas agora está voltando atrás e tentando impor esses encargos a quem já está sofrendo com dificuldades financeiras. “É inaceitável que o governo e o Banrisul tentem lucrar em cima dessa tragédia”, afirmou Helenir.
Vale destacar ainda que o Sindicato continua empenhado pela urgente valorização salarial para todas as trabalhadoras(es) da educação, sobretudo as funcionárias(os) de escola que são vergonhosamente remuneradas com um salário base de apenas R$ 657,97.
A atuação do CPERS segue firme em cobrar do governo Leite (PSDB) as ações necessárias e em defender os direitos de todas as educadoras(es), da ativa e aposentadas(os). A luta por uma educação de qualidade, por condições dignas de trabalho e salário digno continua, sobretudo em tempos de crise.
>> Confira as propostas aprovadas:
1. Participar, presencial ou virtualmente, da Live sobre o clima no dia 22 de junho de 2024 a ser realizada na sede do CPERS Sindicato;
2. Continuar a luta por um piso digno para os agentes educacionais e revisão geral dos salários e elaborar material explicando o PL 2531 e a importância de sua aprovação;
3. Organizar o Fórum Popular de Reconstrução do RS;
4. Organizar Ato Estadual e Assembleia Geral, no dia 12 de julho de 2024, junto com a Frente dos(as) Servidores(as) Públicos(as), com as seguintes pautas: Reajuste para Funcionários/as de Escola, Manutenção e Fortalecimento das Escolas;
5. Fortalecer a luta contra o PL 1904 junto a Bancada Gaúcha na Câmara dos Deputados;
6. Cobrar um plano de reconstrução das escolas estaduais dizimadas pelas enchentes no RS;
7. Lançar a Campanha “Nenhum Emprego a Menos“, pela manutenção dos postos de trabalho;
8. Apresentar Moção de Repúdio ao PL 1904;
9. Apresentar Moção de Repúdio ao Projeto das Escolas Cívico-Militares.