Pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na quarta-feira (6), mostra que a cesta básica em Porto Alegre teve queda de 2,13% no mês de agosto, passando a custar R$ 760,59.
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A análise mostra que dos 13 produtos pesquisados, nove registraram recuo de preço: a batata (-19,51%), o tomate (-11,19%), o leite (-5,61%), o arroz (-3,89%), o óleo de soja (-3,25%) o café (-2,26%), a farinha de trigo (-2,17%), a manteiga (-1,92%) e o feijão (-0,99%). Por outro lado, quatro itens ficaram mais caros: a banana (4,93%), o pão (2,07%), o açúcar (1,29%) e a carne (0,65%).
De janeiro a agosto de 2023, a cesta registrou recuo de 0,66%. Sete itens apresentaram queda: o óleo de soja (-28,03%), o café (-10,69%), a banana (-10,51%), a farinha de trigo (-8,78%), a batata (-8,39%), a manteiga (-1,65%) e o tomate (-1,26%). Em sentido contrário, cinco ficaram mais caros: o feijão (9,54%), o arroz (5,11%), o leite (4,97%), o açúcar (4,90%) e a carne (0,80%).
Custo da cesta básica fica menor em 17 capitais
O estudo demonstra que o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre julho e agosto de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Natal (-5,29%), Salvador (-3,39%), Fortaleza (-2,85%), João Pessoa (-2,79%) e São Paulo (-2,79%). A variação positiva foi observada em Brasília (0,35%).
Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 760,59), seguida de São Paulo (R$ 748,47), Florianópolis (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 722,78). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 542,67), João Pessoa (R$ 565,07), Salvador (R$ 575,81) e Recife (R$ 580,72).
Na comparação dos valores da cesta, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, nove capitais tiveram redução do preço médio, com variações que oscilaram entre – 5,24%, em Vitória, e -0,08%, em Curitiba. Outras oito cidades apresentaram elevação, com destaque para os percentuais de Fortaleza (2,50%), Porto Alegre (1,67%) e Belo Horizonte (1,23%).
A pesquisa divulga que nos oito meses de 2023, o custo da cesta básica diminuiu em 12 cidades, com taxas mais expressivas em Vitória (-9,32%), Goiânia (-8,96%), Belo Horizonte (-7,22%) e Campo Grande (-7,06%). Os maiores percentuais foram registrados em Aracaju (4,15%) e Recife (2,77%).
Cesta x salário mínimo
Segundo o documento, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica, em 2023, passou de 111 horas e 8 minutos, em julho, para 109 horas e 1 minuto, em agosto. Já em agosto de 2022, a jornada média foi de 119 horas e 8 minutos.
O Dieese aponta que quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em agosto de 2023, 53,57% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em julho, 54,61%. Em agosto de 2022, o percentual ficou em 58,54%.
Cesta Básica Porto Alegre – Números de agosto de 2023
• Valor da cesta: R$ 760,59
• Variação mensal: -2,13%
• Variação no ano: -0,66%
• Variação 12 meses: 1,67%
• Jornada necessária para comprar a cesta básica: 126 horas e 46 minutos.
• Percentual do salário mínimo líquido para compra dos produtos da cesta: 62,29%
• Salário Mínimo Necessário deveria ser de R$ 6.389,72 ou 4,84 vezes o salário mínimo de R$ 1.320.
Foto destaque: EBC/Agência Brasil