#CaravanaPelaDemocracia debate a necessária reflexão sobre o futuro da educação


Seguindo com o compromisso de levar à categoria a fundamental reflexão sobre a importância do voto para mudar o cenário de descaso com os educadores(as) e a educação pública, a #CaravanaPelaDemocracia esteve, nesta quarta-feira (24), nos núcleos de Bento Gonçalves (12º Núcleo), Palmeira das Missões (40º Núcleo) e Rio Grande (6º Núcleo).

Ao conversar com professores(as) e funcionários(as) das escolas visitadas, os dirigentes estaduais e regionais do Sindicato também evidenciaram a importância da mobilização da categoria contra a retirada de direitos, aprofundada nos últimos governos.

Além disso, ao fazer a análise da conjuntura política atual, os representantes do Sindicato ressaltaram como primordial conhecer os projetos em disputa e verificar quem defende os educadores(as) e prioriza a educação pública.

“Precisamos fazer uma reflexão sobre o poder que o nosso voto tem, mas, principalmente, fazer uma avaliação se a forma como nós temos vivido nos últimos tempos nos serve. Precisamos refletir se existe uma outra opção. Chegamos até aqui graças a luta e a resistência, não podemos desistir”, destacou o presidente em exercício do CPERS, Alex Saratt.

Saratt visitou escolas de abrangência do 40º Núcleo (Palmeira das Missões), acompanhado do diretor Joel da Silva Oliveira e as educadoras, Maria de Lourdes, Marisa Konig, Sergia Andreia Amaral, Lucia Ribas, Neuza Lopes e Darleni Frolich.

Na EEEM São João Batista, de Novo Barreiro, a #CaravanaPelaDemocracia foi recebida com uma roda de conversa, onde os professores(as) e funcionários(as) da instituição debateram sobre o futuro da educação e a necessária valorização dos educadores(as).

A diretora da escola, Daniela Sganzerla, ressalta que nesse período eleitoral todos amam a educação, mas é preciso comparar o discurso e a prática. “Nesse ano recebemos uma verba para reformas e a nossa escola está ficando muito bonita, mas é muito fácil a gente se iludir. A nossa escola está bonita porque a gente faz festa para arrecadar dinheiro, porque as famílias colaboram, porque nós colaboramos, porque se a gente depender do que o governo normalmente a realidade seria outra.”

No diálogo com os educadores(as) das escolas de Bento Gonçalves (12º Núcleo), o vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, chamou a atenção para o desrespeito à carreira e ao futuro da categoria. “Além do governo Leite/Ranolfo que nos ataca, temos hoje na Assembleia Legislativa 42 deputados que votam contra a educação e os educadores. Somente 13 deles votam conosco. Temos que ter conscientização coletiva para mudar esse cenário político.”

Acompanharam as visitas no 12° Núcleo, os educadores(as) Leonildo da Luz de Moura, Elda Maria Borille  Falcade, Katiuska Izaguirry Marçal e Terezinha Tureck.

Durante a passagem da Caravana, os dirigentes do Sindicato destacam a importância de fortalecer a luta para defender os direitos históricos de professores(as) e funcionários(as) de escola. Compreendendo a importância de intensificar as mobilizações, a merendeira Maria Cristina Rodrigues Fernandes filiou-se ao CPERS. “Todo funcionário de escola tem que se associar, seja ele concursado ou contratado, pois é o sindicato que defende e protege os trabalhadores”, destacou.

Escola em Rio Grande aguarda há quatro anos por reparos no piso das salas de aula

Três salas de aula interditadas, duas funcionando em situação precária, salão e biblioteca interditados parcialmente. Essa é a situação verificada na EEEF Marechal Emílio Luiz Mallet, em Rio Grande, pela Caravana.

O diretor da instituição, William Rocha, explica que os problemas ocorrem no piso desses locais. “Estão bastante danificados, é piso em parquet. O chão das salas ficou com buracos, pois o parquet soltou”, relata.

De acordo com ele, em 2019 o governo licitou uma obra emergencial. O valor total estava na ordem de aproximadamente R$ 270 mil e contemplava a substituição total ou parcial do piso de oito salas de aula, da biblioteca e do salão da escola, além da reforma dos banheiros masculino e feminino, a substituição de janelas de algumas salas de aula e o reparo na caixa d´água.

A empresa licitada iniciou a obra em janeiro de 2019 e tinha o prazo de três meses para concluir. “Em um mês de obras, apenas substituíram o forro dos banheiros, que em seguida caiu, e retirou o piso antigo das salas. Em algumas foi feito o contrapiso, outras sequer isso. E logo após abandonaram”, explica, salientando que o governo levou mais dois anos para romper o contrato com a empresa.

No ano passado, após o rompimento do contrato, o estado licitou mais três empresas, porém nenhuma quis assumir a reforma.

Esse ano a Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP) foi até a escola e fez um relatório sobre a situação atual. “No documento eles afirmam que a escola necessita de cuidados urgentes, mas não emergenciais. É um absurdo. Já perdemos alunos e fecharam turmas em função dessa situação de precariedade”, expõe o diretor.

“Indignação e tristeza, é isso que sinto ao ver a escola nessas condições e não ter muito o que fazer, pois são coisas que fogem da alçada da direção da escola que tenta fazer o possível com aquilo que entra de recursos mensalmente. Isso afeta também a auto estima de quem atua diariamente na escola, professores, funcionários, estudantes e comunidade escolar em geral”, desabafa.

“Passa o tempo e as escolas continuam com obras paradas e em situação cada vez pior, pois não há uma ação efetiva por parte do governo para sanar os problemas”, indigna-se a diretora do CPERS, Carla Cassais, que esteve na escola acompanhada da tesoureira do Sindicato, Suzana Lauermann. Elas estiveram em outras instituições da região acompanhadas do diretor do Núcleo, Cledir Lopes, da vice-diretora, Andréa Nunes da Rosa, Sirlei Nunes de Nunes e as educadoras representantes dos aposentados do Núcleo, Arlete Rosa, Isabel Veleda e Gilda Amaral.

O Sindicato seguirá acompanhando a situação da instituição e atuando nas instâncias necessárias para que as obras sejam retomadas e finalizadas o quanto antes.

A #CaravanaPelaDemocracia segue até o dia 9 de setembro em defesa da educação. No dia 13, o CPERS realiza um grande ato, em Porto Alegre, com aposentados(as), funcionários(as) de escola e professores(as) para apontar que é preciso um novo caminho para o Rio Grande do Sul e para o Brasil.

Clique aqui e confira o roteiro das próximas semanas. Organiza teu núcleo, chama os colegas e vamos somar na mobilização em defesa da democracia e da educação.

>>Confira as escolas visitadas nesta quarta-feira:

>Bento Gonçalves (12º Núcleo):

CE Dona Isabel (Bento Gonçalves)

EEEF Carlos Dreher Neto (Bento Gonçalves)
EEEM Onze de Agosto (Nova Prata)

EEEF Carlos Barbosa (Carlos Barbosa)
EEEM Dante Grossi (Garibaldi)
IEE Tiradentes (Nova Prata)
CE Padre Colbachini (Nova Bassano)

>Rio Grande (6 Núcleo):

EEEM Bibiano de Almeida

EEEF Marechal Emílio Luiz Mallet

EEEM Roberto Bastos Tellechea

EEET Getúlio Vargas

EEEF Barão de Cêrro Largo

EEEF Almirante Tamandaré

>Palmeira das Missões (40º Núcleo):

IEE Borges do Canto

EEEF Cacique Neenguiru

EEEF CIEP

EEEB Palmeira das Missões (Polivalente)

EEEF Professora Carimela Puglieli Bastos

EEEF Antonio de Souza Neto – Gleba

EEEF Erci Campos Vargas

EEEM Lucila Nogueira (Boa Vista das Missões)

EEEM São João Batista (Novo Barreiro)

EEEM Dr. Aldo Conte (Sarandi)

EEEB Antonio João Zandoná (Barra Funda)

 

 

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