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Em dia de agenda intensa na região de Palmeira das MIssões, a Caravana em Defesa da Escola Pública marcou presença em todas as 43 escolas das 18 cidades do 40º Núcleo do CPERS nesta quarta-feira (!2). Além do diálogo direto com professores(as) e funcionários(as), a comitiva participou do Encontro Regional dos Aposentados e de um ato público para ampliar o debate à sociedade em geral.
Desde julho, já são mais de 60 dias e 13 mil quilômetros de estrada para discutir, no chão da escola, os rumos da educação pública e os ataques à categoria, além de provocar a base para refletir sobre a importância do voto consciente e bem informado. Trata-se de identificar os projetos em disputa no período eleitoral e compreender o significado da continuidade das políticas de desmonte, representadas pela ideologia do Estado mínimo.
“A nível nacional e estadual, o projeto em curso enxerga na privatização e sucateamento da escola pública a chance de botar a mão no orçamento da educação”, destacou a secretária-geral do CPERS, Candida Beatriz Rossetto. “Não existe justificativa legal, moral ou ética para recebermos salário atrasado, chegarmos no fim do mês e pagar no banco para receber o que é nosso. Nós vamos nos levantar e transformar a indignação em resistência. Essa é a nossa tarefa histórica”
Na EEEM Dr. Aldo Conte, em Sarandi, centenas de estudantes manifestaram seu repúdio à Reforma do Ensino Médio e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que rebaixam a qualidade do ensino para gerar mão de obra barata, reduzem as disciplinas obrigatórias a português, matemática e inglês e podem levar à demissão em massa de educadores(as).
“Essa proposta jamais seria aprovada pela comunidade escolar ou pela população”, afirmou a diretora do CPERS, Sandra Regio. “Não podemos aceitar uma reforma que vai acabar com a escola pública e retirar dos jovens a chance de entrar na universidade”.
Para Edison Goulart Flores, diretor há 12 anos da Escola Palmeira das Missões (Polivalente), é preciso ampliar o debate para a sociedade em geral, igualmente prejudicada pelo projeto de Estado mínimo e redução dos investimentos sociais. “Não é só o professor, o funcionário e o estudante que sofrem. Essa política está quebrando a todos; empresários, comerciantes e trabalhadores de todas as áreas. Não é possível continuar assim”, avaliou.
À tarde, os integrantes da Caravana encontraram-se com o público do Encontro Regional dos Aposentados no Largo Alfredo Westphalen, no centro da cidade, para um ato de denúncia ao desmonte do Estado. “Já percorremos mais de 13 mil quilômetros, e só vamos parar quando conversarmos com a comunidade de todo o Rio Grande do Sul. A educação merece respeito e, com o apoio da sociedade, vamos acabar com o projeto que quer acabar com a escola pública”, frisou a 1ª vice-presidente do CPERS, Solange Carvalho.
A Caravana em Defesa da Escola Pública segue na estrada até o início de outubro. Nesta semana, o roteiro ainda inclui Carazinho (quinta-feira) e Três de Maio (sexta). Confira o itinerário completo.
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