Única forma de avançar na educação é a mobilização dos educadores


Única forma de avançar na educação é a mobilização dos educadores

Publicado em Quarta, 15 Novembro 2017 16:47

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Durante a abertura do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que acontece no Centro de Convenções Actuall Hotel, na região metropolitana de Belo Horizonte, os dirigentes sindicais apontaram que a única forma de evitar o retrocesso e avançar nas políticas educacionais é a mobilização e união das organizações sindicais no Brasil e nos países latino-americanos.

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Para o representante do Proifes Federação, Flávio Silva, a mobilização dos educadores é algo essencial para contrapor as medidas de congelamento dos investimentos educacionais no Brasil.

Adercia Hustin, da Contee, declarou que o momento vivido no país é ímpar e que são necessárias as forças dos movimentos sindicais para fazer o enfrentamento e a resistência contra as decisões do governo ilegítimo instalado no Brasil, contra a lei da mordaça, por exemplo. “Não podemos aceitar um plano curricular que não cumpra o que está no currículo escolar. Temos que fazer a luta, mas não perderemos a ternura jamais”, destacou.

Já a coordenadora geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, que também é presidente da CUT-MG, disse que Minas Gerais não é a terra do senador Aécio Neves e nem do helicóptero apreendido com 450 quilos de cocaína, mas uma terra de lutadoras e lutadores do povo brasileiro. “Nossa luta é contra a privatização da educação, contra a escola sem partido, contra a PEC 181 para defender a vida e as mulheres. Nossa luta é por uma educação pública de qualidade”, reiterou.

A secretária de Estado da Educação de Minas Gerais, Macae Evaristo, somou ao discurso contra as medidas do governo federal, que congelou por 20 anos o orçamento da União, o que vai representar uma redução nos investimentos para educação pública. “Esse encontro é importante para fortalecer a mobilização das organizações sindicais contra a possibilidade de corte no orçamento da educação. Não podemos admitir cortes na área”, ressaltou.

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Já o presidente da CNTE, Heleno Araújo Filho, comentou que o governo popular dos trabalhadores, que garantiu os direitos sociais para milhões de brasileiros, foi golpeado pelos 5% da população que tem a riqueza dos demais 95%, composto pelo povo mais pobre. “Esses 5% determinam os rumos políticos e a economia do nosso país e, além disso, tem atuação nos poderes Legislativos e Judiciário”.

“Esse Movimento Pedagógico é o momento para construirmos propostas para interferirmos diretamente na América Latina. Temos que fazer o enfrentamento ao estado repressor. O mais importante é voltarmos para nossos locais de trabalho e fazer a mobilização para contrapormos às medidas desse governo golpista”, concluiu.

O IV Encontro reúne cerca de 750 dirigentes sindicais de 21 países da América Latina e Europa, além de representantes dos sindicatos filiados à CNTE. A programação tem atividades até sexta-feira, 17.

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