Reforma da Previdência é debatida em Audiência Pública


Nesta segunda-feira (5), ocorreu a Audiência Pública sobre o impacto da Reforma da Previdência na vida dos trabalhadores (as) e aposentados (as). O encontro realizado pela Frente Parlamentar em Defesa da Terceira Idade, foi realizado no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, e reuniu trabalhadores de diversas áreas.
A Reforma da Previdência proposta pelo presidente ilegítimo Michel Temer é um ataque ferrenho aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, representando um imenso retrocesso na vida dos (as) trabalhadores (as).
Os palestrantes convidados, o advogado especialista em Previdência, Thiago Beck Kidricki, e o coordenador do curso de economia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM em Palmeira das Missões, professor Thales Viegas, detalharam as consequências para os trabalhadores caso a PEC 287/2016 seja aprovada.
Para o professor Thales Viegas o governo Temer tem uma visão ortodoxia e neoliberal. “Quanto mais o governo corta investimentos nas políticas públicas, mais a crise aumenta. Cortar investimentos é ineficiente. O objetivo é retirar os direitos sociais da população”, afirmou.
Viegas mostrou que de 2012 a 2016 a Previdência Social obteve superávit de um trilhão de reais. “A reforma só irá aumentar o lucro dos bancos. É a política de estado mínimo para o pobre e máximo para o empresariado. O governo tem que investir para que tenhamos mais empregos e assim aumentar o lucro da previdência social”, concluiu.

“Esse mês será decisivo para defender nossos direitos”
O advogado Thiago Beck Kidricki, ressaltou que a Previdência Social não está quebrada como o governo defende. “Todo o dinheiro arrecadado da previdência é usado pelos governos para pagar diversas dívidas. E nunca foi usado para criar um fundo previdenciário como prevê o artigo 250 da Constituição Federal ”.
Entre as inúmeras consequências da reforma da previdência, Kidricki ressaltou a queda brutal dos benefícios, entre eles, a vedação do acúmulo de pensão e aposentadoria. Poderão acumular o benefício somente quem tiver o valor de dois salários mínimos. E também a aposentadoria em regra que começará com 60% do valor e não com 100% como é hoje. Para um trabalhador se aposentar com 100% terá que ter contribuído durante 40 anos ininterruptos.
No fechamento de sua palestra, Kidricki reforçou que somente com a união de todos trabalhadores a reforma poderá ser barrada. “Esse mês será decisivo para defender nossos direitos”, Kidricki referiu-se ao Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, que ocorrerá em 19 de fevereiro, o qual as centrais sindicais e movimentos sociais estão organizando. Neste mesmo dia a reforma deve ir à votação na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O CPERS desde já, convoca os educadores a procurarem seus Núcleos para participarem das atividades, neste dia importante de luta.

 
O segundo vice-presidente Edson Garcia e as diretoras Rosane Zan e Vera Maria Lessês acompanharam o debate.


O que muda para os professores

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