Pelo segundo dia consecutivo, governo Sartori é derrotado na Assembleia Legislativa


Sartori e sua base aliada sofreram nova derrota nesta terça-feira (30). Pelo segundo dia consecutivo, o governo fracassou na tentativa de colocar em votação na Assembleia Legislativa o PLC 249, que trata da adesão do governo ao Regime de Recuperação Fiscal – RRF e as PECs que autorizam a retirada de plebiscito para privatizar a CEEE, a CRM e a Sulgás. A única votação realizada nesta tarde foi a do requerimento que autoriza a realização das sessões extraordinárias, aprovada quase no final da sessão.
Demonstrando preocupação com o tempo escasso para aprovar os projetos que integram o pacote de maldades de Sartori, o líder do governo, deputado Gabriel Souza, solicitou a ampliação da convocação extraordinária por mais duas sessões. A intenção do parlamentar era a de estender a sessão de hoje e iniciar a de amanhã ainda pela manhã. O pedido foi indeferido, pois fere o regimento da casa, que prevê a publicação, com 48 horas de antecedência, da convocação para as sessões extraordinárias.
Ainda houve tempo para mais uma trapalhada do governo. Ainda que provavelmente não tenha tempo para votar nada, a intenção da base aliada era votar inicialmente o PLC que autoriza a adesão ao RRF, justamente por precisar de menos votos para ser aprovado. Mas, valendo-se do artigo 175 do regimento interno da Casa, o presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto, determinou que fossem votadas primeiramente as propostas de emenda à Constituição estadual. Ele ainda abriu a possibilidade de, por decisão de líderes que representem 37 deputados, a pauta fosse invertida, mas a sessão expirou antes que fosse concluída a votação. De qualquer forma, já haviam se posicionado contra a inversão da pauta os líderes das bancadas do PT, PDT, PCdoB e Psol, que somam 21 deputados, portanto inviabilizando que fosse atingido o mínimo necessário para a medida – a AL tem 55 cadeiras no total.
Assim como ontem, primeiro dia das sessões extraordinárias na Assembleia, a vigília dos educadores e demais servidores seguiu firme durante esta terça-feira. Desde o início do dia, todos estavam a postos na Praça da Matriz. A partir das 14h, um grupo lotou as galerias da Assembleia e pressionou os deputados para que não permitissem que os projetos fossem a votação.
O debate será retomado nesta quarta-feira (31), último dia da convocação extraordinária, às 14h.  A sessão deve começar com a apreciação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a necessidade de plebiscito para a venda da Sulgás.
“Em dois de convocação, somente aprovaram que aceitam ser convocados. Tudo o que o governo tentou colocar hoje, foi rejeitado. Amanhã estaremos aqui novamente na resistência, na luta para que o governo não consiga sequer votar os projetos”, destacou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

 

 

 

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