Não foi tragédia, foi crime: pela reestatização da Vale


O rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro deste ano ceifou centenas de vidas e destruiu parte da cidade, que ficou soterrada pela lama. A grande responsável por este crime anunciado é a Companhia Vale do Rio Doce, operadora da barragem. Em 2015, a mesma tragédia ocorreu em Mariana (MG).

A Vale é a segunda maior mineradora do mundo e foi privatizada pelo governo Fernando Henrique Cardos (PSDB), em 1997. Desde então, o que se constata é que a empresa prioriza o lucro de seus acionistas em detrimento da segurança e do bem estar de seus(suas) trabalhadores(as), a maioria terceirizados, e da comunidade na qual está inserida.

A responsabilidade social e com o meio ambiente passou a ser apenas um instrumento de marketing.

Diante dos repetidos crimes e da falta das punições adequadas aos verdadeiros responsáveis pelos desastres, uma alternativa que vem se apresentando cada vez mais como viável é a reestatização da empresa, mudando sua estrutura e concepção corporativa e restabelecendo um novo modelo de mineração com controle social e democrático.

A Vale precisa estar a serviço do país e não de seus acionistas! Só assim será possível retomar a oferta de empregos e adotar práticas que tenham como prioridade o cuidado com o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável das cidades, a responsabilidade social, a proteção aos direitos dos(as) trabalhadores(as) e a estruturação de ações eficazes para impedir que novos crimes ocorram.

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