Representantes do funcionalismo estadual preparam ato unificado em agosto


Dirigentes de entidades representativas dos servidores do Rio Grande do Sul debateram, na manhã desta sexta-feira (20), estratégias de mobilização do Movimento Unificado dos Servidores (MUS), na sede do CPERS.

O ato previamente marcado para o dia 31 de julho foi suspenso. O coletivo avaliou que ainda existe a possibilidade de ocorrer um encontro de folhas, esperado para o desfecho do mês, embora as chances sejam menores. Estrategicamente, a janela de tempo será aproveitada para convocar as 44 entidades que compõem o fórum do MUS e realizar um grande ato unificado em agosto.

“Nosso objetivo comum é mobilizar o maior número possível de pessoas para dialogar com a sociedade e denunciar a precarização dos serviços e os ataques aos servidores”, explicou Edson Garcia, 2º vice-presidente do CPERS.

Segundo o presidente do CEAPE/TCE-RS, Josué Martins, o governo pode adotar uma estratégia eleitoral na tentativa de desmobilizar o funcionalismo. “Este é o governo que mais paga em dia os fornecedores. Tem dinheiro, mas prefere pagar empreiteiros. Está se financiando com o atraso de salários e pode inverter a lógica por conta do período eleitoral”, avaliou.

Márcia Elisa Trindade, presidente do Sindissama, lembrou da responsabilidade do coletivo: “precisamos nos fortalecer, reunir o maior número possível de pessoas e mostrar à sociedade que este projeto de Estado mínimo tem consequências drásticas na vida de cada cidadão”, afirmou.

Ausência de Estado

A intenção é denunciar o desmonte dos serviços públicos e os candidatos e partidos que representam a continuidade do sucateamento no RS e no Brasil. “Os serviços estão sendo destruídos, patrolados. Hoje a sociedade gaúcha está chocada com a chacina de sete pessoas na Zona Norte de Porto Alegre. Isso é ausência de estado, de serviço público”, disse Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM.

Uma próxima reunião de organização, já com as demais entidades presentes, está marcada para a quinta-feira (26), às 10h, no auditório do CPERS Sindicato.

Também participaram da reunião Giana Guerin (Sindispge), Sergio da Silva Rosa (Sisdaer), Fabio Castro (Ugeirm), Valdir Bandeira Fiorentin (Sintergs), Marinete M. de Melo e Márcia da Silva Rolim (CSP/Conlutas) e Miguel Gustavo (Sindicaixa). Pelo CPERS, o diretor Cássio Ritter também integrou o debate.

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