Educadores aprovam, em Conselho, Assembleia Geral com indicativo de greve


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No primeiro Conselho Geral de 2017, os conselheiros do CPERS, através de votação, aprovaram a realização da Assembleia Geral do Sindicato no dia 08 de março, com indicativo de greve. O motivo são os sucessivos parcelamentos dos salários, o pagamento do 13º dividido em 12 parcelas, o não pagamento do Piso com seus reajustes salariais, sem alterações no Plano de Carreira, e de 1/3 de férias dos educadores. Somado a isso, há os ataques do governo federal como as reformas da Previdência, Trabalhista, do Ensino Médio e as ameaças constantes de terceirizações.
“A nossa categoria está pedindo socorro. Vários estão enfrentando um momento de extrema miséria. O governo Sartori não cumpre as liminares que nos garantem salário e 13º em dia e integralizados. Queremos a nossa dignidade de volta. Não estudamos e nos dedicamos tanto para que nossos direitos sejam desrespeitados. Sem dignidade, não iniciaremos o ano letivo”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Helenir destacou também que este ano exigirá muita resistência dos educadores tanto pelas questões do governo estadual, quanto do federal. “A direita avança a passos largos. Este ano, eles vêm com muito mais sede em cima dos nossos direitos. É urgente fazermos nacionalmente uma greve geral para nos somarmos a todos os outros trabalhadores. E aqui no Estado fazermos uma grande mobilização da nossa categoria para mostrar a este governo e seus aliados que não recuaremos enquanto nossos direitos não forem respeitados”, ressaltou.

Confira abaixo as propostas de mobilização aprovadas:

 

  • Mobilizar a categoria para derrotar o Pacote do Governo do Estado que ataca os nossos direitos.
  1. Participar das atividades, nas praias, propostas pelo MUS – Movimento Unificado dos Servidores;
  2. Realizar pressão nas Câmaras de Vereadores;
  3. Participar das ações de pressão nas bases dos deputados, em conjunto com o MUS;
  4. Mobilizar a categoria para realizar atividades nos Ministérios Públicos e Judiciário, cobrando o cumprimento das decisões judiciais das ações encaminhadas pelo CPERS/Sindicato.

 

  • Calendário de Construção da Greve:
  1. Visitação às Escolas nos dias 02 e 03 de março;
  2. Realização das Assembleias Regionais de 02 a 06 de março;
  3. Discussão e debate sobre os ataques aos direitos dos trabalhadores nas escolas, nos dias 06 e 07 de março, com a Construção dos Comitês Regionais de Resistência e produção de material de apoio para a realização de aulas cidadãs;
  4. Assembleia Geral do CPERS/Sindicato no dia 08 de março.

 

  • Realizar Assembleia Geral no dia 08 de março, para deflagrarmos greve, com os seguintes eixos:
  1. Contra as Reformas da Previdência, Trabalhista, do Ensino Médio, Contra as Terceirizações e OSs;
  2. Pelo cumprimento do artigo 35 (pagamento integral do salário até o último dia do mês de trabalho);
  3. Pelo pagamento integral do 13º salário;
  4. Pela reposição salarial, sem alteração dos Planos de Carreira;
  5. Pelo pagamento do 1/3 de férias conforme a lei;
  6. Pelo pagamento do Piso Salarial Nacional.

 

  • Elaborar uma cartilha esclarecendo os principais pontos da Reforma da Previdência;

 

  • Participar da Oficina construída pelo MUS, no Fórum Social Mundial.

Local: Tenda da CUT no Parque Farroupilha (Redenção);

 

  • Participar do Ato, organizado pelo MUS, na manhã do dia 20 de janeiro – “NÃO ESQUECEREMOS”;

 

  • Realizar Caravana em praias ou balneários de cada região;

 

  • Confecção de banners para as escolas denunciando os ataques do Governo Sartori;

 

  • Realizar Moção de Apoio a juíza Valdete Souto Severo, da 18ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, que acolheu aos pedidos de liminares apresentados pelo SEMAPI e determinou que cinco fundações se abstenham de promover demissões até que seja realizado o processo de negociação coletiva;

 

  • Realizar Moção de Solidariedade ao companheiro Guilherme Boulos (preso por “desobediência” ao enfrentar a Polícia do Governo Alkmin) e as 3 mil pessoas das famílias de Sem Teto da Ocupação do terreno de São Mateus – Zona Leste de São Paulo/SP que foram despejadas com violência a mando deste Governo.

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