Direção Central do CPERS acompanha e apoia ato contra o fechamento de turmas da escola Presidente Costa e Silva


Educadores e estudantes da escola Presidente Costa e Silva, localizada no bairro Medianeira, em Porto Alegre, realizaram na manhã desta quarta-feira (17), panfleteação e abaixo-assinado na comunidade em repúdio ao fechamento das turmas de Ensino Fundamental no turno da tarde, proposto pelo governo Sartori. Além destas atividades, a escola está chamando os pais para que façam a matrícula de seus filhos diretamente na secretaria na instituição.
A alegação do governo para fechar as turmas é o número reduzido de alunos. Ao contrário do que o governo afirma, a escola teve aumento no número de estudantes do Ensino Fundamental. “No final do ano passado recebemos novos alunos devido ao fechamento das escolas Dom Pedro e Alberto Bins. Portanto, é falsa esta justificativa do governo”, afirma a professora de História, que leciona há sete anos na instituição, Silvia Ehlers.
Entre as inúmeras consequências que podem ocorrer com o fechamento das turmas, a educadora destaca a quebra da relação com a comunidade, o encerramento de projetos pedagógicos importantes e o deslocamento de estudantes para escolas mais distantes. “Esta escola está há 50 anos na comunidade desenvolvendo projetos fundamentais para a integração de todos. Enquanto fazemos o possível para atrair nossos jovens para dentro da escola, o governo quer faz o movimento de afastá-los. Além disso, muitos deles, se forem para escolas mais distantes, podem deixar de estudar por não terem como pagar as passagens”, destaca a educadora.
As diretoras Sandra Regio e Valdete Moreira acompanharam e apoiaram a luta da escola para a manutenção das turmas de Ensino Fundamental, representando a Direção Central do Sindicato.
Estamos acompanhando de perto a situação desta escola e de todas as demais que estão sendo ameaçadas de fechamento. Não podemos deixar que o governo prossiga com esta política de desmonte da educação pública do Rio Grande do Sul”, ressalta Sandra.
“Estamos enfrentando um governo que além de massacrar o funcionalismo público, prejudica também a comunidade com o sucateamento do patrimônio escolar, visando convencer a todos da municipalização, retirando a responsabilidade do Estado em administrar. Pura incompetência !”
Em 2017, o governo Sartori cortou 2.256 turmas nas escolas estaduais, nos três níveis de ensino: Infantil, Fundamental e Médio. Demonstrando, mais uma vez, sua falta de compromisso com a educação pública.

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